Festival Sambada de Pontezinha abre comemorações do ciclo junino 2021
Foto: Divulgação
O Festival Sambada de Pontezinha, realizado na cidade do Cabo de Santo Agostinho, litoral sul do estado, estreia, na noite desta quarta-feira (14), no calor do clima junino de 2021. O evento tem como objetivo preservar a memória e tradição dos santos do ciclo junino: Santo Antônio, São Pedro e São João, juntamente com grupos culturais de coco de roda e ciranda. A programação cultural, que inclui shows e rodas de diálogo, será transmitida, gratuitamente, na página oficial do festival no Youtube, às 20h.
Neste ano, por conta da pandemia da covid-19, o festival aposta em uma programação virtual, recheada de atrações culturais, para acompanhar de qualquer lugar, por meio da internet. Entre os nomes de destaque: Toadas de Pernambuco, Bojo da Macaíba; Coco de Mestre Goitá; Coco de Bio Caboclo; Ciranda Bela Rosa de Mestre Bi; e Ciranda de Pontezinha. Uma mistura de sons e ritmos que promete colocar todo mundo para cantar e dançar a noite toda, no clima do São João.
O Festival Sambada de Pontezinha apresenta, ainda, uma roda de diálogo especial, com a participação de veteranos e contemporâneos, ligados à história do coco de roda e ciranda, em Pernambuco. A conversa, que reúne expressivos artistas da cena do coco do estado, do Nordeste e do Brasil, traz como convidados: Dona Dalva - rainha do Coco; Seu Antenor; Mestres Goitá; Ricco Serafim e Deivid Santos. Transmissão do bate-papo cultural acontece logo após os shows.
O festival conta com o suporte da Lei Aldir Blanc, Secretaria de Cultura de Pernambuco, Fundarpe, Governo de Pernambuco e Governo Federal. A coordenação é da Serafim Produção.
História - O Festival acontece no bairro de Pontezinha, o mesmo que dá nome ao evento. Lá, moram mais de 20 mil habitantes. A festividade do coco de roda e ciranda, em homenagem aos santos juninos, é uma tradição que acontece há mais de um século, com a participação de pescadores e moradores, na capela de Santo Antônio da Barra, construída por Dom Antônio de São José Bastos, 15º bispo de Olinda e Recife, às margens do Rio Jaboatão. Não demorou muito para que Zezinho de Varelo, muito devoto de Santo Antônio, também trouxesse para comunidade, toda sua influência cultural do coco de roda e de devoção. Era a marca principal, sempre que acabava as cerimônias litúrgicas e a procissão fluvial, por exemplo, os pescadores festejarem, até o dia amanhecer, com muito coco de roda e ciranda. Sendo assim, o religioso e o profano sempre estiveram unidos nas comemorações da localidade. Logo depois, a comunidade ganhou, por interlocução de Dom Helder Câmara e padre Geraldo, uma capela de Santo Antônio, para que a comunidade pudesse realizar suas atividades religiosas. Época, inclusive, que as músicas litúrgicas ganharam maior importância para a igreja. Ou seja, os cantos, orações e todas as devoções, realizadas nas missas, tinham elementos sonoros e ritmos derivados do coco de roda, maracatu, samba, forró, ciranda e baião. Atualmente, o movimento Sambada de Pontezinha é realizado com a participação de novos grupos da nova geração, da cidade do Cabo de Santo Agostinho, desenvolvendo atividades culturais junto à comunidade, por meio de rodas de diálogo, apresentações culturais, mostra de cinema, oficina, entre outras ações.
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